domingo, 9 de outubro de 2016

Flautista de 15 anos toca para aliviar dor de pacientes









"Ele só tem 15 anos e muito amor para distribuir por meio da música.

O som de Daniel Ribeiro se espalha como um analgésico para quem tem dor, entre os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Beneficência Portuguesa, em Santos. (vídeo abaixo)

Morador de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, o adolescente vai toda tarde de sexta-feira ao hospital santista. Ele faz o que mais gosta… e para quem mais precisa de carinho."

“Não queria o dom da música só para ganhar dinheiro, queria trazer conforto. Porque a música é confortável para quem houve. É uma emoção muito grande ver a expressão dos pacientes, médicos, funcionários. Me traz bastante paz”.

Leia mais em:
http://www.sonoticiaboa.com.br/2016/08/28/flautista-de-15-anos-toca-para-aliviar-dor-de-pacientes-video/




Esse flautista da matéria é meu filho Daniel. Demorei um pouco, mas quero compartilhar aqui no blog o que ele tem feito no Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.
Beijos. Fiquem com Deus.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

E o câncer venceu novamente!

câncer venceu

Minha mãe não foi uma mulher notável, ela não inventou nenhuma vacina, não escreveu nenhum best seller, não se elegeu para nenhum cargo público. Ela sequer andou de avião na vida, mas era minha mãe, e eu a considerava uma mulher mais que notável, eu a achava muito sábia, correta e inteligente, apesar de não ter concluído nem o ensino fundamental.
Dona Maria criou muito bem os nove filhos, oito foram criados no sítio, em situação bem precária, e eu tive o privilégio de nascer na cidade, com alguns confortos de caçula. Ela sabia ser muito brava, seus olhos falavam mais que mil palavras. Porém sabia ser muito carinhosa, amável, com palavras de incentivo, para que eu me tornasse a pessoa que sou hoje, mesmo com a bipolaridade, uma vencedora!
A frase preferida dela era: "Não existe o não consigo, existe o não quero". Era o lema da vida dela, porque ela conseguiu sair do sítio, para fazer estudar os oito filhos, porque a mais velha morreu atropelada, e nem isso a abalou. Desses filhos 05 são funcionários públicos e 03 tem nível universitário. Nada mal para filhos de uma semi-analfabeta. O mais importante é que todos tem família constituída e são cidadãos honestos.
Era uma guerreira! Nada a abalava! Até que há um ano e meio eu fiquei sabendo que ela tinha mieloma múltiplo, ou um tipo de câncer no sangue. Nem me abalei porque sabia que ela iria tirar de letra, mas mesmo sem ela saber, a doença foi se infiltrando e tirando todas suas forças. Foi muito triste.
No dia 06 de junho deste ano ela foi internada na UTI da Beneficência Portuguesa de Santos com várias complicações, e nunca mais saiu. Foram dias intermináveis, fizemos de tudo para animá-la, para dizer o quanto ela era amada. Mas o câncer venceu novamente! No dia 26 de agosto de 2016, após 80 dias lutando para viver, minha mãe querida partiu para os braços do Pai Celestial.
Hoje é meu aniversário, mas não consegui escrever sobre essa data, porque só penso em o quanto minha mãe faz falta nesse dia.
Sei que essa foi a vontade de Deus, e que essa dor vai diminuir com o tempo, o que preciso agora é não deixar a depressão voltar, lutei muito para vencê-la, não posso recuar e não vou, aprendi com minha mãe.
Beijos a todos. Fiquem com Deus.



terça-feira, 19 de julho de 2016

Seis anos após o diagnóstico de bipolar - Curtindo a paz de Deus!



Fiquei um bom tempo sem postar, mas tinha que voltar a escrever porque neste mês, mas precisamente no último dia 10 de julho eu completei seis anos de diagnóstico de transtorno bipolar.
Muita coisa aconteceu desde então, muita coisa ruim, mas muita coisa boa também. Eu sempre digo que no final dá tudo certo, se não deu certo ainda é porque não chegou no final.
Logo que fui diagnosticada passei por um turbilhão de pensamentos, literalmente, foi difícil a aceitação da doença, prá começar, depois acertar os remédios, e até eu descobrir que a cura real estava em minhas mãos, eu sofri muito, mas com a ajuda de Deus e da minha família (meu marido e meus filhos) eu consegui sair do fundo do poço.
Cheguei no fundo do poço nos anos de 2010 e 2011, onde tive duas crises de mania e um longo período de depressão, depois no ano de 2012 tive outra crise de mania, seguida de depressão. Pensei em desistir de viver, em sumir, a vida era um peso enorme, cheguei a quase ser internada. Hoje me lembro de tudo e parece que foi com outra pessoa e não comigo, mas sei que minha família sofreu muito com tudo que aconteceu.
Dou graças a Deus por não ter feito nenhuma besteira, ao contrário, eu me apegava mais ainda com ele, e escrevia muito aqui no blog.
Minha consulta o psiquiatra foi na semana passada, passo a cada seis meses, e faço terapia a cada quinze dias. Tomo remédios, mas é uma dose muito pequena diante daquilo que já tomei. Eu falei para o médico que parece que estou curada, na verdade me sinto curada. Tenho passado por momentos difíceis na minha vida familiar de desemprego e doenças, muito difíceis mesmo, que para uma pessoa "normal" já é estressante, e eu tenho conseguido manter a calma. O Senhor tem me dado da paz Dele! Só tenho a agradecer, fazendo uma retrospectiva desses seis anos, porque tudo é uma experiência para que eu possa ajudar outras pessoas que estão passando pelo que eu passei.
Beijos a todos. Fiquem com Deus.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Amélia que era mulher de verdade....

imagem tirada da internet

A música já dizia: "Amélia que era mulher de verdade...". Pois é, no tempo da Amélia, a mulher "só" cuidava da casa, do marido e dos filhos, "só isso"! Daí a mulher quis se igualar ao homem, queimaram sutiãs, e agora como na foto acima, a maioria das mulheres fazem o que a D. Amélia fazia e ainda trabalham fora para ajudarem nas despesas de casa!
Minha mãe trabalhou na roça na época em que meus irmãos eram pequenos, o que pode se comparar ao fato de  trabalhar fora, mas quando eu nasci ela já não trabalhava mais, aliás nós nem morávamos no sítio, eu já nasci na cidade. Me lembro de às vezes me sentir constrangida quando tinha que responder qual a profissão dela, e ter que responder "do lar", quando minhas amiguinhas tinham mães professoras, bancárias, etc. Hoje dou tanto valor ao fato de ter tido uma mãe que não trabalhou fora.
Mesmo assim ela me ensinou a ser independente e comecei a trabalhar muito cedo, entrei para o serviço público aos dezoito anos. Quando meus filhos nasceram, sempre tive o apoio dela, então o impacto de eu estar fora não foi tão grande, mas sei que ele existe.
E não é só isso, o desgaste físico e emocional é grande, e olha que meus filhos ainda estão em formação, um tem quinze e outro tem nove anos. Ser mãe demanda uma preocupação, um amor, um zelo em tempo integral, isso significa 24 horas por dia, sem contar a atenção ao marido, é comum as mulheres ficarem muito cansadas, mais que os homens.
De maneira alguma esse post é para desestimular as mulheres que trabalham fora a serem mães, porque se eu, que tenho um transtorno, consigo administrar meu lar, então qualquer mulher consegue, aliás nós mulheres fomos feitas para isso! É um dom de Deus!
Agora, que eu gostaria que aquelas mulheres não tivessem queimado os sutiãs, isso eu gostaria. É claro que existem muitas mulheres que abrem mão do trabalho hoje em dia. Eu poderia fazer isso, mas não consigo, porque comecei muito cedo a trabalhar e me acostumei a tudo isso. Então esse post é só um desabafo de uma mãe que não está cansada de ser mãe, muito pelo contrário, amo ser mãe! Só  estou tentando me equilibrar nesse mundo que está girando rápido demais!
Beijo a todos. Fiquem com Deus!